Feliz Dia dos Pais àquele que é pai do meu filho, o melhor do “nosso mundo”, meu e do Vicente!

É muito louco… a gente passa uma vida inteira sendo “alertado”de que “quando tu fores mãe/pai, tu vais ver como é!” e pensa: “ai, tá, que bobagem”! Até o dia que a gente vira Pai e Mãe! E adivinha?? A gente passa a ver as coisas de outra forma MESSSSSMO.

Agora, o Beto, meu amigo, namorado, companheiro, marido, virou PAI. E esta é a nova versão dele, que nem mesmo ele conhecia.

O Beto, depois de tudo o que passou comigo (tô falando da doença que eu tive), também sofreu uma grande transformação. Pela primeira vez esteve ao lado de uma pessoa muito doente e tomou toda a responsabilidade para si. Pela primeira vez, viveu uma experiência de grande dor e medo de perder alguém, e teve que cuidar dela 300%. Cuidar em todos os sentidos, já que, como eu contei naquele post, ele cuidou de cada gota de remédio que caia nas minhas veias, desenvolveu métodos para me tirar da cama, me dar banho, me alimentar (e me aturar – trabalhar a paciência faz parte do processo).

E como nada acontece por acaso nesta vida, este foi um “estágio probatório” duríssimo, mas imprescindível para a fase nova que estava por vir: a paternidade!

Mas agora estou falando da “paternidade dos dias de hoje”, daquele pai que participa e que quer participar ativamente do desenvolvimento e do cuidado dos filhos! Daquele pai que bota a mão na massa, que volta pra casa mais cedo pra poder curtir o filho ainda acordado, que dá banho, troca fralda, lava roupa, que sabe a temperatura certa da papinha. Que liga no meio do dia para saber se o filho fez cocô (sim, isto passa a ser um tema corriqueiro), se tirou o soninho da tarde, e se tá tudo certo!

O Beto é desses pais! Desde o primeiro dia de vida do Vicente, ele acompanhou de perto, grudado, tudo o que se passava com o nosso baby. Participou do parto, dos primeiros exames, do primeiro banho. Foi ele quem trouxe o Vicente pros meus braços com um sorriso de orelha a orelha. Estava do meu lado, grudado, no momento da primeira mamada. Cuidava de perto, grudado, a respiração e os soluços do nosso Pequeno nas primeiras noites.

Em casa, assumiu a responsabilidade pelos banhos. Era tudo com ele. E até agora é assim. Não deixa ninguém dar banho do Vicente! Só ele. Morre de ciúmes se alguém resolve aquecer a água senão ele.
Segundo o Beto, é o momento de conexão dele como o filho, da mesma forma e intensidade que a amamentação é o meu. Forte assim! E ele tá certo!

Aqui em casa, sistematicamente, as “coisas” desta nova fase foram se ajeitando meio que sozinhas. Ficou instituído que eu acordo todas as vezes que forem necessárias para atender o Vicente, já que eu tenho uma relação ótima com a madrugada (e, de acordo com a natureza humana, quem tem seio para amamentar sou eu!).

O Beto, que não acorda nem com banda de música, assume inteiramente o turno da manhã. Fecha a porta do nosso quarto, a porta do corredor e fica com o Vicente na sala. Eu não ouço nada e durmo “profundamente” (dentro do possível, porque ouvido de mãe realmente não desliga) para recuperar o corpo e o espírito até que realmente seja necessária a minha participação. Não temos empregada, nem babá. As vovós do Vicente só foram intimadas quando realmente não tínhamos com quem deixar o filhote!

E assim, seguimos até hoje. Claro, o Beto e eu temos esta liberdade de horários. Quando não é possível que ele fique em casa de manhã, a gente muda um pouco o esquema. Minha mãe vem aqui e me ajuda com as questões da casa e eu posso descansar um pouco. Assim como quando eu tenho compromisso de noite ou de manhã, é ele que segura as pontas!

O fato é que o Beto é “o Cara”, é o melhor e mais dedicado pai que o Vicente poderia ter! O Beto é completamente apaixonado, doido, quase sem noção, pelo Vicente! É do tipo de pai que baba escancaradamente sem qualquer constrangimento. Fala com tanto amor e admiração, que a gente fica com a sensação de que realmente o Vicente É o bebê mais especial, amado, esperto e lindo do mundo, porque para o Beto, é assim mesmo! O Vicente é tudo isso! E é por estas e por outras que uso sempre a hashtag #vicosortudo! QUE baita sorte tem o Vicente de ter um pai tão apaixonado!

E que baita sorte eu tenho de ter um pai tão apaixonado como o MEU PAI! (Sim, o meu pai sempre foi super participativo e amantíssimo durante toda a minha vida!). E não deve ser por acaso que eu “escolhi” um pai assim para o meu filho!

E é nessas horas que a gente vê que a “sabedoria popular” tem toda a razão. Só estando do outro lado pra saber o que o outro realmente sente! Este Dia dos Pais está sendo completamente diferente de todos os outros da minha vida. Agora eu sei (e dou toda razão) o por quê Pais e Mães têm um dia especial no calendário só pra eles. Porque eles merecem muito! Mas é muito mesmo!

Parabéns, papai Beto, Beto meu amor, por ser o melhor do mundo para nós! Vicente e eu te amamos incontestavelmente e esperamos retribuir toda este dedicação da mesma forma, sempre!

Parabéns a todos os pais, que fazem o que podem, dão o que tem, participam de seus jeitos e maneiras, com muito ou pouco tempo, mas que querem acertar e ter uma participação ativa e efetiva na vida de seus filhos, um papel de verdadeiros pais!

A todos esses, desejo o melhor dia do ano! Vocês merecem muito! <3

Feliz dia dos pais!

Fotos: Paty Tessmann / Jonas Adriano

Letra da música “Velha Infância” dos Tribalistas (que o Beto canta pro Vicente quase todos dia de manhã no violão).